.

Este blog foi produzido com as constribuições dos alunos das turmas de 1ª serie do prof Aurelio Fernandes.

Astrolábio, instrumento fundamental para as longas viagens marítimas.


Como funciona o astrolábio?


Conheça o instrumento usado pelos grandes navegadores para se orientar no meio do oceano

Este problema foi estudado pelos gregos na Antiguidade, que observavam os objetos que mais bem poderiam ser utilizados como referências em alto mar: o Sol e as estrelas. Para isso, eles criaram o astrolábio náutico.

Com a expansão marítima – as viagens para conquistar novos territórios –, esse instrumento – mais elaborado pelos europeus – foi utilizado pelos condutores das grandes embarcações, como as naus e caravelas que cruzaram o oceano e chegaram ao Brasil.

O astrolábio náutico era formado por um disco de latão. Em sua borda existia um contorno graduado – como nos transferidores que usamos nas aulas de matemática e desenho – e no meio do círculo, uma mediclina, algo semelhante a um ponteiro, que girava em torno do centro da roda e no qual existiam furos pelos quais entrava a luz do Sol.

Para o bom funcionamento do astrolábio náutico, a posição no mar era calculada a partir da medida da altura em que o Sol – ou uma estrela – se encontrava. Por exemplo: olhando pelo buraco do ponteiro à noite media-se o ângulo entre o plano horizontal e a linha entre o observador e a estrela. Era preciso, também, consultar uma tabela astronômica para verificar a variação desse ângulo a cada dia do ano. Só assim, era possível determinar a latitude, isto é, de quanto o navio estava afastado do Equador. Para saber o quanto havia se deslocado no sentido leste-oeste, era necessário, ainda, medir a distância percorrida, sabendo antes a velocidade do navio.

Não parecia ser uma tarefa muito fácil. Logo, astrolábios modernos surgiram e foram utilizados pelos grandes navegadores. Eram instrumentos mais completos, que permitiam, também, medir as distâncias com precisão, sem a necessidade de consultar qualquer tabela. Assim, conquistar grandes distâncias mar adentro se tornou mais fácil.

Alberto Passos Guimarães
Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas